quinta-feira, 31 de maio de 2012

Rogerio Prunes de Abreu

 Comandante Rogério Prunes de Abreu   

Este é o Comandante Rogerio Prunes de Abreu mais conhecido como Rogerio Maconha:

Comandante Rogério Maconha. Poucos pilotos desconhecem essa lenda  da aviação brasileira. Aposentado, 74 anos, Maconha vive em um pequeno apartamento em Copacabana, Rio de Janeiro. Já foi considerado o melhor piloto de garimpo do Brasil. Por "piloto de garimpo" entenda-se alguém louco o suficiente para botar no avião até 60% a mais de sua capacidade de carga - e voar horas sobre a selva. Foi o que Maconha fez, de 1947 a 1997. Ganhou e perdeu muito dinheiro. Pintou o caneco. Casou-se 15 vezes e caiu 19 na selva. O apelido? Em 1950V, os aeroviários realizaram uma assembléia no aeroporto Santos-Dumont. Saguão lotado, eis que sobe ao estrado o então co-piloto Rogério Prunes de Abreu, gaúcho de Cachoeira do Sul. Já devidamente alcoolizado e com a juba despenteada. Acontece que no dia anterior havia sido preso na Praça Mauá um tal Zé Maconha, igualmente cabeludo. A foto saiu na primeira página dos jornais. Nosso co-piloto mal teve tempo de falar. Do fundo, um gaiato gritou: "Rogério Maconha!". Pronto. A alcunha grudou para sempre. "O engraçado é que só provei a droga no fim da vida", conta. "E vi que perdi muito tempo - é melhor que cigarro americano", compara o comandante, que conta a seguir alguns de seus melhores historias:

"Está gravando? Bom, aprendi a voar lá pelos 20 anos, não lembro muito bem, num curso que tirei no aeroclube de Cachoeira do Sul. Idéia de um amigo de meu pai. Até então, nunca tinha pensado em avião. Porra, naquela idade eu gostava era de sacanagem. Tenho pra mim que comecei a voar por não ter me segurado em lugar nenhum da vida.
Meu primeiro emprego foi na [companhia aérea] Cruzeiro do Sul, no Rio, como co-piloto num DC-3. Foram quase três anos de vida boa. Aí, meu filho um dia arria minha noiva, Amélia, aqui com a família. Porque eu era noivo lá no Sul, esqueci de dizer. Ela era maravilhosa, mas eu queria desmanchar. Uma noite, expliquei o caso. E ela me entendendo: 'Rogério, até sei, estás tendo a vida que idealizaste sempre'. Fizeram tanta pressão que, porra, marquei a data. O casamento durou três meses. Os pais dela botaram três advogados em cima e fui obrigado a dar 50 % dos meus vencimentos. Isso foi em 1953”


"Comprei um bimotor e passei a levar lagosta para Miami. O avião era para 600 quilos . Mas eu botava uma tonelada”

"Aí pedi demissão da Cruzeiro e também uma passagem para Boa Vista, Roraima. De lá fui para a Venezuela e, depois, puxar carga em Trinidad e Tobago [arquipélago em frente à Venezuela, no Mar do Caribe], com ótimo salário e o direito de transportar 200 quilos do que quisesse. Aí, porra, comecei a ganhar grana. Em Trinidad, conheci um dono de hotel que tinha negócio com pescado. Comprei um bimotor Beechcraft e passei a levar lagosta para Miami. O avião era para 600 quilos, eu botava uma tonelada. Um dia, trocamos as lagostas por whisky que era mais negocio e não apodrecia.Foi muita grana”

Galões de rum
"Em Tobago, comecei também a ficar conhecido pelas aeromoças que vinham da Europa e de Nova York. Fazíamos luau numa caverna que tinha lá. As aeromoças traziam eletrola, cobertores de bordo, tira-gosto, lampião, música. E eu levava uns galões de rum, o melhor do mundo, que é o Fernandez Vat 19, produzido em Trinidad. Uma vez deu pane num avião cheio de turistas que queriam conhecer Tobago e aí me pediram para levá-los no meu aviãozinho. Um dia leva ali, outro dia acolá, isso me deu abertura para poder fazer táxi aéreo entre as ilhas. Então, informalmente criei esse tipo de transporte na região.
"Mas não é que um dia deu saudade do Brasil? Então vendi meu Beech e comprei outro no Rio. Aqui encontrei um amigo meu, contrabandista. Quer dizer, piloto. É que contrabandista é pejorativo. Nosso negócio era levar e trazer sem a alfândega saber. Mas zero entorpecente, porra. Nunca houve. Meu estilo é liberdade total, sem preocupação, entende? A maior riqueza do homem é a cabeça gelada. Meu amigo: 'Olha, lá em Caracas estão comprando jóias e lá fomos nós”

Senhora do Presidente
"Pegamos uma italiana, linda, e enfeitamos a gringa de brilhantes. Chegando lá, um tenente da Força Aérea Venezuelana, amigo meu, me apresentou a um judeu, que comprou tudo. Quer dizer, guardei umas semipreciosas comigo, né? Então teve um coquetel no Palácio do Governo, em Caracas. E lá fui eu. Lá pelas tantas, disse para a senhora do Presidente, uma gorda feia: 'Trouxe uma lembrança'. A mulher quase desmaiou com a jóia que dei. Rapaz,abri a Venezuela pra min.
Dinheiro no bolso, voltei a Boa Vista, onde não havia pão porque o trigo chegava de balsa e não havia balsa no verão. Aí fui falar com o governador: 'Excelência, posso trazer pão, entende, a preço simbólico'. A troca era ele me dar uma licença de pouso sem o Rio de Janeiro saber. Passei, assim, a distribuir farinha para o pessoal. Uma noite, acordei com umas metralhadoras na minha cara. O governador queria falar comigo. 'Comandante, o problema é que, depois que você chegou aqui, Boa Vista ficou cheia de motoca!' Na realidade, era esse meu lucro, uns motores para bicicleta que eu levava no porão do avião. O trigo era só disfarce. Aí, porra, prenderam meu avião. Passei uns 40 dias planejando minha fuga. Um dia, estava a cidade toda entretida com a chegada de um avião da Cruzeiro e outro da FAB. Aproveitei, peguei meu avião, decolei atravessado! Arranquei uma cerca, puxei o manche e – bleft ! – arranquei a cumeeira do Palácio do Governo.
Puxa, como tenho saudade dessa época! Mas, bom, fui para a Guiana Francesa e de lá para os Estados Unidos. Em princípio de 1955, voltei para o Brasil. Quando cheguei em Belém, uns pilotos me viram num bar. 'Pô, Maconha, onde é que tu anda?' Disse que estava indo para o Rio descansar, mas eles insistiram que eu ficasse trabalhando com eles puxando carga de Goiás. Aí, rapaz, fiquei sete anos fazendo isso. Tive acidente, um ano no hospital. Mas deixa pra lá. Acidente não vou contar, não. Prefiro lembrar só da vida mansa que tive."



 Entrevista do Comandante Rogerio Maconha ao artigo ingles "The Goldminer"  que fala sobre os garimpos  


Tradução

Eu tenho sessenta-quatro anos mas nunca muito velho a parafuso, disse " ele 
e apagou fumaça das narinas grandes dele.  Ele 
escovado o cabelo dele atrás e bateu à testa dele. 
" É principalmente metal em aqui.  De meu estrondo em Mato 
Grosso.  Eu voei a maldição direito plano no banco de rio.  Isto 
era um anfíbio.  Eu perdi um do flutuações voar.  Deva 
deu uma árvore com o modo fora.  Assim lá eu estava, meio pássaro, 
meio peixe.  Eu não pude pousar em água e eu não pude pousar em 
terra.  Assim, eu tentei pousar na margem do rio: meio 
molhe, meia terra.  Um erro de cálculo leve.  Isso é tudo.  Mesmo 
pequeno.  Mas o dano era grande.  Destruído o avião. 
Meu co-piloto morreu.  Foi esmagado a morte.  Eu fui pelo 
pára-brisa.  Sem dinheiro ambas minhas pernas, embriagado para cima minha cabeça 
e materiais internos.  Eu tinha sorte.  Era o único tempo dentro meu 
vida eu não estava usando meu cinto de segurança.  Minha estrela lustra.  Deus, 
como meus brilhos " de estrela. 
" Uma vez, eu fui contratado por um sujeito para cima em Columbia correr 
carga de contrabando de um lado para outro de Manaus para 
Bogota.  Ele teve um armazém cheio de materiais, inclusive um 
pilha de ferro de corrugated.  Assim, eu achei um sujeito em Manaus 
isso precisou de ferro de corrugated.  Ele me prometeu trinta 
mil dólares para uma remessa dos materiais.  Ele teve 
planos para vender isto ao governo para um lucro grande.  Bem, 
Eu paguei este sujeito em Columbia quinze mil dinheiro vivo 
a pilha dele de ferro de corrugated.  Quando eu entreguei isto para o 
sujeito em Manaus ele se retirou e me falou ele só teve 
dez mil.  Sabido eu não pude voltar para Columbia 
com o ser de material ilegal e tudo, assim ele tentou atarraxar 
eu.  Ninguém me atarraxa.  Eu lhe disse que caísse morto. Então 
Eu peguei o avião para cima em cima da parte mais pobre de cidade e 
lançado todos o férreo fora a porta, uma folha de cada vez. 
Você deveria ter visto a corrida pobre de um lado para outro 
abaixo lá tentando adquirir os materiais.  Cobertura imediata de 
céu.  Eles pensaram que era um milagre ". 
Ele sorriu, soprado no Camelo dele novamente, esfregou o seu 
barriga de cerveja e virou para cima o volume do registrador de fita. 
O Segundo Concerto de Piano de Rachmaninoff.  Ele encheu um tiro 
copo cheio de uísque e segurou isto até a luz, como ele 
estava inspecionando um diamante. 
" Para o garimpo, mina o ouro, só o avião 
trabalhado.  Mas a tempo, eles construíram estradas e trouxeram 
caminhões.  Isso é quando perder interesse por mim.  Isso é quando 
Eu parto, quando não é interessante.  Assim, eu fui o 
Tapajos.  Depois disso eu fui para Porto Velho.  Eu sempre sou 
primeiro.  Mas em pouco tempo, duzentos aviões, então, 
trezentos.  Incrível.  Assim eu parti e fui 
Amapa'. Seguro bastante, aquela companhia mineira maldita 
Paranapanema se apareceu, estradas feitas e uma vez mais eu 
adquirido o inferno fora.  Eu voltei para o Rio de Tapajos.   Isso é 
onde eu conheci Elton Rohnelt.   Nós fizemos planos, planos grandes, 
e então foi para o Alto Rio Negro. 
Nós ficamos dois anos lá.  Limpado o lugar. 
Havia muito ouro, muitos colombianos, também.  Eles 
querido o ouro, mas nós tivemos mais armas.  Mais intestinos.  Eles 
corrido depois que eles figurassem que nós não estávamos partindo sem o ouro. 
Além, estava em nosso lado da borda.  Eles tiveram nenhum 
corrija a isto, o bastards. 
Atrás disso, eu vim aqui, para Roraima.   Eu fui o primeiro 
um aqui, também.  Eu chamado Elton.  Isso estava em 1986.  O resto 
é história.  Eu me operei.  Lata.  Cinco 
cem mil hectares, praticamente direito onde 
todo o mundo está minando agora.  No Surucucu', se aproxime o Parima 
Rio, no Vale de Ua-wa-wari.  Mas durante o 
ditadura em 1972 eles me expulsaram e fizeram o 
coisa inteira um parque nacional.  Eu perdi minha reivindicação.  Depois, 
eles venderam isto para Descascar Óleo que tirou de oitocentas toneladas 
de lata.  Eu não adquiri nada. Mas não preocupa.  Eu levarei ao cuidado de 
eu porque eu não deixo, dammit, eu sou o Rogério Prunes 
de o Abreu ". 






3 comentários:

  1. Meu Deus do Céu!!! Que tradução horrorosa!!!
    Prefiro no original.

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  2. Eu quero saber esse Rogério estar ainda vivo. A última vez que eu vi ele foi em 1990. Eu tentei encontrar com ele no Rio de Janeiro em 2005 mas se alguém me disse que ligou e eu quero saber esse Rogério estar ainda vivo. A última vez que eu vi ele foi em 1990. Eu tentei encontrar com ele no Rio de Janeiro em 2005 mas se alguém me disse que Ele morreu. Será que ela está ainda vivo. Por favor me mande um e-mail com qualquer informação. Tonyboccaccio@gmail.com. Obrigado

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    1. Pesquisando pelo nome Rogério Prunes de Abreu é possível encontrar um processo de herdeiros de 2014. Então é muito provável que ele já faleceu em 2014, ou antes.

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